Homiletica

15/01/2011 07:30

 PARTE I

PRINCÍPIOS PRÁTICOS PARA A ELABORAÇÃO DE
SERMÕES
 
1. Uma recomendação
"Conjuro-te, pois, diante de Deus e de Cristo Jesus, que
há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no
seu reino; prega a palavra, insta a tempo e fora de
tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda a
longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que
não suportarão a sã doutrina; mas tendo coceira nos
ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas
próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade,
voltando às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo,
sofre as aflições, faze a obra de um evangelista,
cumpre bem o teu ministério" (2 Timóteo 4.1-5).
 
2. Definindo o que é Homilética
• Homilética é o ramo do conhecimento cristão que ensina os
processos da construção e da comunicação de sermões bíblicos.
• Homilética também pode ser vista como a arte da elaboração e
transmissão da mensagem de Deus para seu povo.
 
3. A vida íntima do pregador e a eficiência da sua mensagem
Existem algumas características muito importantes que devem
predominar na vida íntima do pregador. Elas são indispensáveis.
Vejamos:
3.1 Verdadeira Aceitação de Cristo como Salvador.
Todo pregador deve examinar-se com a ajuda de Deus, para estar seguro
de que realmente aceitou Cristo como seu Salvador pessoal, e não
somente aceitou como verdade o fato de que ele é o único Salvador.
 
3.2 Consagração
A conservação da consagração se consegue à custa de vigilância, oração e
relacionamento pessoal com Deus.
“Um pregador sem consagração soa como uma lata vazia”
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3.3 Humildade
Ele tem que lutar também contra a tendência de sentir-se superior aos
outros. João 3:30: “Convém que ele cresça e que eu diminua.”
3.4 Sabedoria
O pregador precisa buscar de Deus sabedoria para falar e agir.
Lembre-se que “conhecimento informa, a sabedoria transforma”.
 
3.5 Domínio próprio
É necessário para vencer o temor, que é mais ou menos natural quando se
tem que falar em público. Também é necessário para corrigir alguma falha
especial que se tenha, como o gaguejar. Ainda é necessário dominar a voz
e falar de tal maneira que todos compreendam cada palavra e que as
palavras expressem seus sentimentos.
“Lembre-se que o domínio próprio é um fruto do Espírito que nos ajuda a
vencer nossos medos”.
 
3.6 Vontade aprender
Um pregador precisa desenvolver o gosto pela leitura da palavra, e de
bons livros cristãos.
Josué 1:8: Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e
noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está
escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.
 
4. Ferramentas úteis para o pregador
• Uma boa Bíblia: Com boa tradução, e recursos como chave Bíblica e
referências cruzadas. Uma sugestão é que o pregador tenha várias
traduções da Bíblia.
• Um bom dicionário Bíblico e teológico.
• Livros doutrinários e devocionais. É importante que você procure ler
para adquirir
 
5. Antes de começar a preparação de um sermão
• Comece orando.
• Procure pedir a Deus orientação para descobrir qual a necessidade
espiritual das pessoas a quem você levará a pregação.
• Ao escolher o texto, leia-o várias vezes para adquirir familiaridade
com o texto.
• Estude este texto. Procure compreender as palavras que estão
neste texto, usando dicionários.
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6. Tipos de Sermões
Há muitos tipos de sermões e vários meios de classificá-los.
Provavelmente a forma menos complicada seja a classificação em
TEMÁTICOS, TEXTUAIS e EXPOSITIVOS. Estudaremos a preparação de
mensagens bíblicas examinando estes três tipos principais, priorizando o
sermão EXPOSITIVO.
Assim veremos:
• O Sermão Temático
• O Sermão Textual
• O Sermão Expositivo
 
7. O que é sermão temático?
• Sermão Temático é aquele cujas divisões principais derivam do
tema, independente do texto.
 
7.1 Um exemplo de sermão temático
A fim de compreendermos com maior clareza a definição trabalharemos
juntos num esboço simples. Escolheremos como tema, “Razões Para A
Oração Não Respondida”. Note que não estamos usando um texto, mas
um tema bíblico.
Meditando em várias partes das Escrituras referentes ao nosso tema e
trazendo-as à mente, encontramos textos como os seguintes, os quais
indicam por que, com frequência, a oração fica sem resposta: Tg 4:3, Sl
66:18, Tg 1:6-7, Mt 6:7, Pv 28:9 e I Pd 3:7. É neste ponto que uma boa
Bíblia de referência e uma concordância bíblica completa, ou uma Bíblia
dividida em tópicos, são de valor inestimável.
Com a ajuda destas referências bíblicas descobrimos as seguintes causas
para a oração não respondida.
Titulo: Orações não respondidas.
Tema: Causas para a oração não respondida
I- Pedir Mal, Tiago 4:3
II- Pecado no coração, Salmo 66:18
III- Duvidar da Palavra de Deus, Tiago, 1:6-7
IV- Vãs repetições, Mateus 6:7
V- Desobediência a Palavra, Provérbios 28:9
VI- Procedimento irrefletido nas relações conjugais, I Pedro 3:7
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7.2 Unidade De Pensamento
É preciso observar que, segundo o exemplo acima, o sermão temático
contém uma ideia central, a saber, “Razões Para a Oração Não
Respondida”.
Podemos pensar muito em outros fatores importantes referentes à
oração, tais como o seu significado, sua importância, seu poder, seus
métodos e os seus resultados obtidos.
Contudo, a fim de nos mantermos fiéis à definição do sermão temático,
devemos basear no tema as partes principais do esboço, isto é, devemos
limitá-lo à ideia contida no tema.
 
7.3 Características do Sermão Temático
• O sermão temático contém uma ideia central.
• As divisões do sermão temático podem vir de várias partes
diferentes da Bíblia.
• As divisões do sermão temático devem ser limitadas ao tema.
Assim, se o tema é “Qualidades do autêntico cristão”, cada divisão
deve corresponder a uma qualidade do cristão.
 
7.4 Exemplo 2 de sermão temático
Tema: “VERDADES ABSOLUTAS REFERENTES A CRISTO”
Quais são estas verdades:
 
1. Ele é Deus manifesto na carne - Mt 1:23
2. Ele é o Salvador dos homens - I Tm 1:15
3. Ele é o Rei vindouro - Ap 11:15
 
Observe que este esboço está em ordem cronológica. Jesus Cristo, Filho
de Deus, primeiramente se encarnou, depois foi à cruz e deu a vida para
tornar-se nosso Salvador, e algum dia virá para reinar como Rei dos reis e
Senhor dos senhores.
 
8. O Sermão textual
• Definição: É aquele em que as divisões principais são derivadas de
um texto constituído de uma pequena porção da Bíblia.
• Da definição acima, notamos que as divisões principais do sermão
textual são tiradas do próprio texto. Desta maneira, o esboço
principal mantêm-se estritamente dentro dos limites do texto.
 
8.1 Exemplo I de sermão textual
Como primeiro exemplo, tomemos Esdras 7:10, que diz: “Porque Esdras
tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor e para a cumprir e
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para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos”. Muitas vezes é
útil consultar uma tradução moderna a fim de se obter um significado
mais claro da passagem.
Examinando com cuidado o texto, observamos que o versículo todo tem
como centro “O Propósito Do Coração De Esdras”, e assim traçamos as
seguintes divisões do versículo:
 
TITULO: OS PROPÓSITOS NO CORAÇÃO DE ESDRAS
 
Texto Base: Esdras 7:10
I- Estava disposto a conhecer a Palavra de Deus, “Esdras tinha
disposto o coração para buscar a lei do Senhor”.
II- Estava disposto a obedecer a Palavra de Deus, “...Para a
cumprir”.
III- Estava disposto a ensinar a Palavra de Deus, “...e para ensinar
em Israel os seus estatutos e os seus juízos”.
 
8.2 Exemplo II de Sermão Textual
TITULO: UMA GRANDE ATO DE AMOR
Texto: João 3:16
Tema: O amor de Deus é marcado:
I- Por um intenso sentimento, “amou o mundo de tal maneira”
II- Por um ato sacrificial, “..Deu seu filho unigênito”
III- Por uma dádiva eterna, “não pereça, mas tenha a vida eterna”
IV- Por um desejo universal de salvação, “todo o ..”
V- Por uma condição, “que crê”
 
9. O sermão expositivo
É aquele em que uma porção mais ou menos extensa das escrituras é
interpretada em relação a um tema ou assunto. A maior parte do material
deste tipo de sermão provém diretamente da passagem, e o esboço
consiste em uma série de idéias progressivas que giram em torno de uma
idéia principal.
 
9.1 Diferenças entre Textual e o Expositivo
TEXTUAL
 
1. É retirado de uma pequena porção das escrituras: Um versículo,
no máximo dois.
2. É um sermão mais simples, por não exigir do pregador grandes
conhecimentos bíblicos e teológicos.
 
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EXPOSITIVO
 
1. É retirado de uma porção mais extensa das escrituras.
2. É um sermão mais difícil e exige do pregador maior
conhecimento bíblico, teológico e hermenêutico.
9.2 Princípios básicos para elaboração de sermões expositivos:
 
 Escolha o texto
 Leia cuidadosamente o texto (no mínimo 50 vezes)
 Encontre um objetivo
 Faça uma introdução resumida
 Encontre um tema
 Encontre uma Palavra-chave
 Faça as divisões necessárias
 Faça uma lista das ilustrações que lhe chamaram a atenção
 Fixe-se na maneira de aplicar os ensinamentos do sermão
 Observe a natureza do desenvolvimento e faça a conclusão
 
9.3 Exemplo de sermão Expositivo
 
TITULO: O BECO SEM SAÍDA
Texto: Êxodo 14:1-14
Tema: Qual o significado do Beco sem saída?
 
1- Beco sem saída é o lugar a que às vezes, Deus no leva, v.1-4a.
2- Beco sem saída é o lugar em que Deu nos prova, v.4b-9.
3- Beco sem saída é o lugar em que as vezes falhamos com o Senhor,
v.10-12.
4- Beco sem saída é o lugar em que Deus nos ajuda, v.13,14.
PARTE II
A ESTRUTURA OU ESBOÇO DE UM SERMÃO
 
1. O esboço ou estrutura de um sermão
• O sermão precisa ser elaborado de tal forma que os ouvintes
entendam qual é a idéia principal, e a forma como as idéias
apresentadas estão sendo desenvolvidas.
• Para isso, é importante que haja uma estrutura ou esboço
O que é uma estrutura ou esboço?
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• É a forma que organizamos as idéias que serão apresentadas para
os ouvintes, de forma que através de uma estrutura ou esboço,
estas sejam comunicadas de forma clara.
• Portanto, o esboço é uma ferramenta que ajuda o pregador a ter
uma comunicação clara e organizada.
 
2. Partes da Estrutura de um Sermão
– Titulo
– Texto Base
– Introdução
– Desenvolvimento = (Proposição+Sentença de transição)
• Subdivisão I
• Subdivisão II
• Subdivisão III
– Conclusão
 
2.1 Exemplo de um sermão com esta estrutura
Titulo: A vida Triunfante
Texto Base: Filipenses 1:12-21
Introdução. (sugestão: Defina o que é uma vida triunfante, de um
testemunho acerca de seus triunfos obtidos em Cristo)
Desenvolvimento
Proposição: Os crentes podem ser gloriosamente triunfantes
Sentença de transição: Em que circunstancias podemos triunfar?
I- Em meio a adversidade v. 12-14
II- Em meio a oposição v. 15-19
III- Em face a morte v. 20-21
Conclusão
Em Cristo podemos superar todos os momentos de nossas vidas.
 
3. O título de um sermão
É uma expressão que anuncia de forma especifica o que será pregado no
sermão ao auditório.
O título deve ser bem especifico, não é uma frase, não pode ser longo,
precisa chamar atenção do auditório.
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3.1 Exemplo de título
Suponha que você irá pregar sobre a graça. Bem, este assunto é muito
amplo. Você poderia falar muitas coisas acerca da graça, como por
exemplo:
 
• O que é a graça
• Benefícios da graça
• A fonte da graça etc...
• Temos acima vários exemplos de vários de títulos que poderiam ser
utilizados.
 
3.2 Exemplo II de Título
Suponha que sua pregação seja sobre o assunto vitória. Você poderia ter
os seguintes títulos:
 
• Segredos de uma vida vitoriosa
• Pré requisitos para a vitória
• A vida crista vitoriosa
• Passos para ter vitória
 
3.3 Características de um título
O título deve ter relação com a passagem bíblica em que se baseia
 
• Ele deve ser interessante
• Deve ser breve
• Pode vir em forma de interrogação, exclamação, ou ainda,
afirmação.
• Pode conter uma citação de um texto bíblico
 
 
3.4 Exercícios relacionados a Títulos
 
• Prepare um título para as seguintes passagens:
• Romanos 15:1 Hebreus 11:1
• I Reis 22:43 Provérbios 18:21
• Salmo 84:11 Gênesis 6:8
• Lucas 6:10 Gênesis 18:24
• Jeremias 15:16a
• João 4:14
• João 3:16
 
4. A introdução de um sermão
A introdução do sermão é o processo pelo qual o pregador procura
preparar os ouvintes e prender-lhes o interesse para a pregação que será
realizada.
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4.1 Objetivos de uma introdução
• Conquistar a boa vontade dos ouvintes.
• Despertar interesse pela pregação.
• Romper com toda resistência do auditório.
• Características de uma boa introdução
• Sempre comece a introdução fazendo um vocativo. Ex. Senhoras e
senhores, Amados irmãos Graça e paz....
• Deve ser breve, interessante e objetiva.
• Deve durar, no máximo 10% de uma apresentação. Portanto, se o
sermão dura 20 minutos, a introdução deve ser feita em 2 minutos.
• O que é dito na introdução precisa ter relação com o assunto da
pregação.
 
5. Vamos relembrar as partes de um sermão
– Titulo
– Texto base
– Introdução
– Desenvolvimento = (Proposição+Sentença de transição)
• Subdivisão I
• Subdivisão II
• Subdivisão III
– Conclusão
 
6. A Proposição de um sermão
É uma declaração simples do assunto que o pregador se propõe a
apresentar, desenvolver, provar ou explicar.
Em outras palavras, é uma afirmativa da principal lição espiritual ou da
verdade eterna do sermão, reduzida a uma sentença declarativa.
6.1 Exemplos de proposição
“A meditação diária das escrituras é vital para o crente”.
“Quem tem Deus tem tudo o que vale a pena ter”.
“Os que dão a Deus o primeiro lugar jamais terão falta de nada”.
“O Senhor deseja a adoração que procede do íntimo”.
 
Veja a proposição no esboço do sermão abaixo:
 
• Titulo: Aproveitando as oportunidades
• Texto: Romanos 8:28
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• Introdução
• Proposição: O cristão alerta descobre que todas as circunstancias
cooperam para o seu bem.
• Sentença de transição: Quais são estas situações?
 
1-Quando a dor atinge seu lar
2-Em épocas de crise
3-Em tempos de enfermidade.
 
7. O que é uma sentença de transição?
• É um elemento que serve para ligar a proposição as subdivisões do
sermão. A sentença de transição une a proposição às subdivisões
através de uma palavra chave.
 
7.1 Exemplo de sermão com proposição e sentença de transição
• Titulo: Um ministério exemplar
• Texto: 1 Tessalonissences 2:1-12
• Introdução (Sugestão: Fale sobre exemplo de Cristo)
• Proposição: O servo de Deus tem um padrão exemplar para o seu
ministério.
• Sentença de transição: Quais as características de um ministério
exemplar?
• Audácia Santa v. 1-2
• Fidelidade a Deus v.3-6
• Consideração graciosa v.7-9
• Integridade de conduta v10-12
 
A PALAVRA CHAVE.
Um dos recursos homiléticos mais úteis é a “palavra-chave”. Ela é o
coração da sentença de transição.
Se houver unidade num sermão, haverá uma “palavra-chave”, não
necessariamente expressa ou reconhecida, que caracteriza um dos
principais pontos, e mantém unida a estrutura.
Uma “palavra-chave” é sempre um substantivo, um substantivo verbal ou
um adjetivo.
Exemplos:
Substantivo: Atributos, obstáculos, causas, meios.
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Substantivo Verbal: Princípios, inferências, compromissos,
expectativas, descobrimentos.
Adjetivo Substantivo: Atualidades, fraquezas.
Obs.: Uma “palavra-chave” é sempre no plural.
 Acontecimentos  Evidências  Regras
 Abordagens  Exemplos  Reivindicações
 Ações  Exigências  Respostas
 Advertências  Fardos  Rotas
 Afirmações  Fatos  Segredos
 Alegrias  Fontes  Sugestões
 Alvos  Funções  Tendências
 Aplicações  Grupos  Tipos
 Argumentos  Garantias  Nomes
 Artigos  Ilustrações  Diferenças
 Aspectos  Itens  Elementos
 Atitudes  Leis  Ensinos
 Atributos  Lições  Erros
 Benções  Listas  Esperanças
 Benefícios  Usos  Empecilhos
 Causas  Valores  Objetivos
 Chaves  Verdades  Objeções
 Crenças  Virtudes  Ocasiões
 Critérios  Meios  Provas
 Desejos  Reações  Pontos
 Expressões  Razões
 
8. Vamos relembrar as partes de um sermão
– Titulo
– Texto Base
– Introdução
– Desenvolvimento = (Proposição+Sentença de transição)
• Subdivisão I
• Subdivisão II
• Subdivisão III
– Conclusão
 
9. Vejamos agora as divisões de um sermão
• As divisões são as seções principais de um sermão ordenado. Um
sermão corretamente planejado contribui para a unidade do
pensamento que está sendo anunciado ao auditório.
Divisões
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• Um sermão sem divisões torna-se uma mensagem confusa, sem
organização, e dificilmente as pessoas se lembrarão do seu
conteúdo.
 
9.1 Características das divisões
• As divisões não devem ser iguais.
• O número de divisões deve ser o menor possível.
• As divisões ampliam a idéia da proposição.
9.2 Exemplo de sermão com divisões
• Titulo: Quando Deus justifica o pecador
• Texto: Romanos 5:1-11
• Introdução
• Proposição: A justificação produz resultados benditos nos que
crêem.
• Sentença de transição: Quais resultados?
– Paz com Deus v. 1
– Acesso a Deus v.2
– Alegria em Deus v.2
– Triunfo em Cristo v.3-4
– O testemunho do Espírito Santo v.5
– Segurança perfeita v.6-11
 
9.3 Exercício
• Elabore um esboço com divisões nos seguintes textos:
– Mateus 5:3-10
– Mateus 4
– Romanos 5:3-5
– Como desenvolver as divisões?
 
9.4 Como desenvolver o conteúdo das divisões?
• Feito as divisões, precisamos pensar em seus conteúdos. Afinal, o
esboço de um sermão é como se fosse um esqueleto sem a carne.
• O conteúdo do sermão corresponde a carne, que preenche a
estrutura do sermão.
• Mas, como desenvolver estes as divisões. Onde encontrar o
conteúdo das divisões? Onde encontrar o material para as para
desenvolver as divisões?
– A Bíblia
– Comentários bíblicos, devocionais, letras de hinos.
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– Experiência.
– Observação do mundo que nos cerca.
– Imaginação
– Referencias cruzadas na Bíblia
– Citações
– Ilustrações
 
10. Revendo a estrutura do sermão
– Titulo
– Texto Base
– Introdução
– Desenvolvimento = (Proposição+Sentença de transição)
• Subdivisão I
• Subdivisão II
• Subdivisão III
– Conclusão
 
11. Vamos agora estudar a conclusão de um sermão.
• É o clímax do sermão, no qual o pregador atinge o seu objetivo final,
deixando uma impressão vigorosa.
• Se a conclusão não for bem executada, ela pode enfraquecer o
efeito do sermão, comprometendo a sua eficácia.
 
11.1 Formas de realizar uma conclusão
• Recapitulação, onde reve-se os pontos da pregação.
• Ilustração, que esteja vinculada a idéia central do sermão.
• Um apelo.
• Uma oração final por pessoas do auditório.
• Mensagem de incentivo
 
12. Palavra final
Esta apostila é resultado de várias obras pesquisadas que foram
sintetizadas com clareza no intuito de auxiliar e preparar aqueles que um
dia entenderam que podem contribuir mais com a obra do Senhor através
do conhecimento bíblico e o ensino da Palavra.
Aos que querem percorrer o caminho da pregação sugiro que orem e
busquem diariamente a Deus, pois a mensagem que toca o coração não é
apenas aquela que é preparada de forma técnica, mas sim aquela que vem
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de uma incessante comunhão com Deus. Portanto, busquem de Deus,
mensagens que sejam capazes de tocar o coração do homem.
 
13. Bibliografia consultada e sugerida
 W. KOLLER, CHARLES. “Pregação Expositiva Sem Anotações”, São
Paulo, Ed. Mundo Cristão, 2a Edição, abril de 1987.
 BRAGA, JAMES. “Como Preparar Mensagens Bíblicas”, Deerfield,
Flórida, Ed. Vida, 6a impressão, 1991.
 ROBINSON, HADDON. “A Arte e o ofício da pregação Bíblica”.
Shedd Publicações.
 HAWKINS, THOMAS. “Homilética Prática”, Rio de Janeiro, Ed.
Juerp, 5a Edição, 1988.
 DR. RICK WARREN- Uma Igreja com Propósitos .